Bom dia minha gente querida!!! Aqui estou para postar mais um
Escritos de domingo, espero que curtam e que provoque bons pensamentos. Qualquer informação podem deixar comentários que responderei.
Amor transform A Dor
Era uma madrugada. O que fazia eu no meio de uma multidão,
com pessoas que nunca tinha falado antes? O que fazia àquela hora atravessando
o Sambódromo (que maneira mais estranha de conhecê-lo?), o lugar mais
carnavalesco do mundo? O que fazia sem portar um documento, nem joias (aliança),
vestida e calçada de forma a não chamar atenção?
Sabia, sim, muito bem o que estava acontecendo e o que estava
fazendo. Tinha como alvo chegar à Cinelândia. Fazia parte de um grupo animado e
me espantava ter como companheira uma senhora com suas mais de oito dezenas de
anos e que caminhava a passos largos. Não sabia, naquele momento decifrar meus
pensamentos, nem meus sentimentos e o que de fato me levara àquela aventura.
“Amor” – respondeu dentro de mim uma
vozinha tímida, sufocada (pelos meus medos e temores). Não dei importância a
essa voz, pois minha mente ditava que estava sendo curiosa e movida por ela
(curiosidade, eu julgava que assim era), caminhava.
A cada abordagem que meu grupo fazia, eu me escondia, não
queria falar. Na verdade, meus olhos, queimavam; minha cabeça, doía; meu
estômago, revirava; minhas narinas tentavam impedir que o odor fosse inalado,
pois por educação minhas mãos eram impedidas de socorrê-las. Logo a tal
senhorinha se aproximou mais de mim e ordenou: “Agora é a sua vez, vem comigo”.
Obedeci. Atravessamos a rua e lá estava ele, sujo, barbudo, feio. Passei-lhes
as informações e saí, sempre acompanhada dela, a tal senhorinha. Fomo para uma
rua paralela e novamente ela disse ser a minha vez. “Fala!” – dizia-me ela.
“Falar para quem?” – indaguei. “Fala!” – ordenou ela. “Perdoe-me, mas não vejo
ninguém.” – “Lá” – apontando para um monte de sacos de lixo e caixas de
papelão. Não vendo nada, mas disposta a obedecer, fui e passei-lhes as
informações julgando estar falando com seres inanimados e, para minha surpresa,
um choro abafado de criança, uma voz de menina atendeu. Saí correndo, sem rumo,
sem direção. Minha cabeça parecia uma bomba pronta para a explosão. Cheguei à
praça. A multidão, agora dobrada. Procurei um arbusto onde me apoiei. Tentava
entender o que estava acontecendo, e questionava por que estava ali, longe de
minha família, do Bem, dos meus filhos, da minha cama quentinha! Reuni todas as
minhas forças que restavam e orei: “
Senhor Jesus, confesso que não sei amar. Não sei o que é o verdadeiro amor.
Perdoa-me. Ensina-me a amar, retira o orgulho, o egoísmo e tudo que impede que
eu ame verdadeiramente. Não quero voltar para casa como aqui cheguei. O amor
que até então, conheço, é diferente. Tenho amado as pessoas limpas, cheirosas,
bonitas. Tenho amado as pessoas que vivem ao meu redor, que vivem em casas, que
falam bem, que trabalham, estudam, sonham... E agora descubro que nunca amei
como o Senhor espera que eu ame. Quero amar os que moram na rua, o mendigo, o
viciado, a prostituta, os que não tem um lar. Que esse amor transborde em mim e
alcance os que de mim necessitam. Quero contribuir para que Te conheçam e
experimentem mudanças transformadoras, amém!” Voltei para casa. Mesmo depois
de banhos, sentia o odor de uma
madrugada no centro do Rio de Janeiro. Participei, na ocasião, do Projeto
Madrugada do Carinho com Deus, da Convenção Batista Carioca e ali entendi que
Jesus Cristo, através de pessoas, atende o homem física, mental e espiritualmente.
Fui grandemente abençoada trabalhando nas madrugadas campineiras e no Nordeste
brasileiro.
Amarante - PI!
À procura de água...
Um pouco de arroz sendo "socado" num pilão, o que ficasse depois que a palha fosse retirada, seria a refeição para onze pessoas!!! Era tudo o que eles tinham para aquele dia.
A vida na caatinga piauiense
É isso aí, minha gente. Essa é a realidade do povo brasileiro. É preciso viver o verdadeiro amor, o amor cristão.
Beijos a todos.